Qual é o português que não gosta de saber o
que estrangeiros dizem e escrevem de nós, do país, do que somos, temos e fazemos?
Um exemplo recente foi dado pelo jornalista inglês Oliver Balch, cujo artigo
«10 dos melhores romances situados em Portugal – que o levarão lá», publicado
no The Guardian a 2 de Junho último, inclui, entre essa dezena, um…
… Daquele que é «considerado por muitos como
um dos melhores escritores – se não mesmo o melhor escritor – de Portugal, Eça
de Queiroz sobrevive como um elemento essencial no cânone português. Famoso
pelas suas descrições realistas da vida novecentista (ele morreu em 1900), o
seu relato satírico da decadência de Portugal em “A Ilustre Casa de Ramires” é
hilariante e selvagem ao mesmo tempo. Para uma visão mais positiva de Portugal
tente o seu romance póstumo “A Cidade e as Serras”, que decorre entre Paris
(afluente, porém fútil) e o vale do Douro (empobrecido, porém encantador). Dito
isto, se a sua bagagem de férias apenas permitir um título de Eça de Queiroz,
então ele tem de ser a sua obra-prima de 1888 "Os Maias". Um baluarte dos
programas escolares (e soberbamente traduzido para Inglês por Margaret Jull
Costa), o romance conta a história da incestuosa sociedade burguesa de Portugal
através do declínio e queda de uma malfadada família lisboeta da alta-roda.»
Será interessante e oportuno notar que Oliver
Balch reside em Portugal, mais concretamente no Porto. Está pois perfeitamente
situado – na verdade, está numa posição privilegiada – para descobrir e para
divulgar junto dos seus leitores mais factos relevantes, não só sobre Eça de
Queiroz mas também sobre outras figuras marcantes da cultura nacional, tanto
antiga como moderna.
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