Já se sabia, não constitui qualquer novidade, tornou-se até trivial: lembrar, ler, citar Eça de Queiroz tornou-se há mais 100 anos uma actividade constante em todo o espaço – não só nacional mas também mundial – da língua portuguesa, adequado para determinados, específicos, momentos e assuntos ou mesmo sem qualquer motivo imediato aparente. Por exemplo, neste mês de Julho de 2022, e duas vezes numa semana, o grande escritor foi evocado (quiçá invocado) no blog Delito de Opinião. No dia 1, Cristina Torrão, após leitura da edição especial da revista Visão dedicada a EdQ (uma publicação já com dois anos) na sua série de biografias, decidiu postar sobre as dúvidas, as incertezas, os mistérios que ainda subsistem sobre o nascimento e a infância do autor de «O Primo Basílio», com (inevitável) destaque para a circunstância de ter sido «filho de mãe incógnita». No dia 6, José Pimentel Teixeira, em evidente reflexão sobre a Rússia de agora e a guerra que o governo daquela – ou, mais concreta e especificamente, o seu chefe, Vladimir Putin – desencadeou contra a Ucrânia em Fevereiro passado, foi recuperar uma das «crónicas de Londres» que o então nosso cônsul em Bristol publicou no jornal A Actualidade em 10 de Janeiro de 1878, e em que se insurge (violentamente) contra o governo do Czar que era «inimigo de toda a liberdade, defensor de todo o despotismo».
(Adenda - José Pimentel Teixeira voltou ao tema a 1 de Agosto.)
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