Estreou no passado dia 7 de Junho, na RTP 1, a
série televisiva (em 13 episódios de 45 minutos, dos quais o terceiro é hoje
exibido) «O Nosso Cônsul em Havana», sobre a primeira experiência enquanto diplomata
de José Maria de Eça de Queiroz.
Lê-se na sinopse: «Em 1871 caiu o governo que
proibira as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, lideradas por
Antero de Quental, onde Eça de Queiroz intervira. No ano seguinte Eça é nomeado
cônsul, em Havana, por Andrade Corvo, ministro dos Negócios Estrangeiros do
novo governo de carácter mais liberal. Em Cuba, colónia espanhola, continua a
escravatura. Existem cerca de cem mil contratados chineses que saem da China
através de Macau com documentos portugueses. Eça segue para Havana com o
encargo de tentar resolver o problema dos chineses, tratados como escravos nas
plantações de cana-de-açúcar. Durante o tempo em que lá permanece Eça não deixa
por mãos alheias os seus méritos de sedutor e vive um amor escaldante com
Mollie, filha do general americano Bidwell, uma jovem moderna e apaixonada que
se sente tão à vontade à mesa de póquer como no jogo da sedução.»
Com realização de Francisco Manso e argumento
de António Torrado e de José Fanha, esta série tem como protagonista Elmano Sancho. Em declarações a Joana Amaral Cardoso, jornalista do Público, o realizador afirmou
que Eça «é responsável por uma das mais extraordinárias páginas da diplomacia
portuguesa nessa perspectiva, da defesa dos direitos humanos”, opinião
partilhada pelo actor, que acrescentou que «o trabalho dele foi tentar
dignificar a vida desses escravos, que eram guardados em depósitos. Ele ficou
só 14 meses, a situação dos chineses só se resolveu mais tarde, mas ele lançou
as bases para que se tentasse que os chineses e também os africanos tivessem
iguais direitos em Cuba».
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